Patrick Maia: Gênio

O auto intitulado comediante Patrick Maia, desde sempre, teve uma ligação próxima com a filosofia deste site. O subtítulo é uma piada com o nível de qualidade nos seus shows e mais que isso, poderia refletir também o nível de suas participações, iniciativas, banda e a mais incompreensível posição na bancada do Panico outrora e por muito tempo.

Nunca julguei o Patrick como o pior que já vi e nem totalmente descartável. Um dos grandes problemas na carreira do comediante sempre foi (e parece que será até o fim) se achar muito melhor que é. Este problema não é exclusividade do Patrick, a maioria dos comediantes brasileiros são rotulados como excelentes por seus colegas (a panela de sempre) e acreditam nisto piamente. O que acontece? Quem se acha bom demais nunca irá achar que pode melhorar. Patrick, agora, mais que a prepotência dos comediantes normais, parece tão confiante na sua capacidade que se enxerga no dever de fazer experimentações de comédia e criar coisas novas. Quer saber quem faz isso? Quem domina sua atividade completamente ao ponto de desconstruí-la e se tornar um divisor de águas, ou seja, os gênios.

Comediantes no Brasil tem uma escalada bem perceptível quando chegam ao auge de sua forma: Shows em teatro maiores, protagonismo em programas, abrem casas de espetáculo ou bares de comédia e se aventuram em outras áreas artísticas. É este o cronograma. Consegue compreender que Patrick, no auge de sua ruindade e agora insanidade, ao tentar ''criar'' já fez todo este percurso sem sequer ser um bom comediante de stand-up? Vê-lo fazer papel de bobo acreditando ser ótimo me diverte, mas me disseram algo tempos atrás que fez achar isto perigoso: Ele é um dos donos do Clube do Minhoca.

Se é fã de stand-up já deve ter ouvido falar do Minhoca. Se não está ligando o nome a ''pessoa'', é aquele palco onde tem vários anúncios vinculados com comédia colados no fundo (coisa que tira a atenção, pois tentará ler o que está escrito). O Minhoca, para mim, é a maior praga humorística que surgiu na cidade de São Paulo nos últimos tempos. É o responsável por dezenas de comediantes péssimos, com esquerdismo desenhado na testa e que até já se posicionaram a favor de censura na comédia. Um show de horrores que vai de encontro a tudo que acredito beneficiar o bom humor e a comédia livre da mordaça do politicamente correto. Além de ser um comediante ruim, agora, Patrick Maia ''fabrica'' outros iguais.

Pode assistir o que não fazer se quiser ser um bom comediante de stand-up aqui:

Até o visual deste cara é uma ofensa pessoal para mim. A comédia nacional teve dois rock stars de verdade: Rafinha Bastos e Evandro Santo. Hoje, não tem nenhum. Um virou um zé boceta covarde e o outro sumiu de tanto indicar comediante ruim em troca de favores sexuais. Tchau.