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Não Sou Obrigadx: O grupo de comédia LGBTQ+X2&%$3= e outras reflexões

  • Foto do escritor: Seu Kirai
    Seu Kirai
  • 14 de jul. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 27 de jan. de 2021



Auto intitulados ''o primeiro grupo de comédia LGB... Gay de São Paulo'', Não Sou Obrigadx (por que tem x no final?) fará um show na capital paulista, dia 23 de julho, ás 21h, no Teatro Cacilda Becker. Com o título: ''Extravaganza'' (este título eu gostei bastante, sinceramente, shows de comédia são fracos de títulos e este ainda faz alusão ao lendário Freddie Mercury (Só precisa ser tão bom quanto não é?) e de acordo com um dos membros do grupo, ''é um show que eles gostariam que existisse quando começaram e que isso incentiva humoristas gays fazerem stand-up.'' E é aqui que irei começar a falar sobre...


Estou bastante ansioso para com o desempenho dos comediantes no palco, primeiro por uma questão simples do melhor comediante gay do país aparentemente não estar no projeto nem para produzir: Evandro Santo. Evandro não é o melhor comediante gay do país por uma questão de ''cota'', mas por ser um dos melhores comparado com todos os outros comediantes seja hétero, gay ou confuso. O que incentiva um novo humorista gay, negro, branco, mulher, pobre e rico a fazer stand-up são outros comediantes de qualidade e não raça, opção sexual ou condição social. Sacou Pedroca? Tomara Deus que isso seja uma visão pessoal do comediante e não a filosofia primordial deste trabalho, pois se for já começou com um pé ESQUERDO. E por que o foco na questão qualitativa? Porque dos cinco conheço dois deles muito bem e são medíocres.


O que entendo com essa massificação dos ''grupos específicos'' no cenário é: Uma reação. ''Ótimo velho, eles vão fazer piada dando o troco á quem tanto usou estes grupos como material, certo?'' Acho que não... A arte é, e há bastante tempo, dominada por uma ideologia política com algumas exceções e o stand-up é uma delas por um motivo simples: O público. Já disse muitas vezes que comédia possui alvos e o contexto da comédia stand-up no país (como valores monetários) levaram a classe média ser o principal consumidor deste subgênero. Fatores, estes, que sempre levaram um certo grupo ideológico a ter ojeriza á stand-up... Até agora. Com o sucesso de comediantes claramente identificados com a direita (Gentili, Léo Lins, Morgado e outros), sendo estes também influenciadores políticos ou coisa que o valha, surgiu a necessidade da esquerda ''igualar as coisas'' , lançando seus próprios aspirantes á principais comediantes do país (na maioria das vezes são atores de teatro fracassados). Se você gosta de stand-up, peço que pare um minuto e observe o cenário... Se tiver um pouco de atenção verá coisas como: Apologia ao consumo de drogas, feminismo, comediantes contra liberdade de expressão, uso da palavra ''fascista'' como ferramenta textual e agora grupos gays para gays na comédia. O que acho sobre este ''levante''? Excelente. Pois levando a coisa totalmente para o posicionamento político, como liberal e contra o politicamente correto, todas as vezes que um esquerdista resolve abrir a boca seja lá qual for o contexto a direita ganha novos admiradores. E agora também no stand-up.


Espero do fundo do coração que essa promessa de ''humor do bem'' e a favor de integração de grupos específicos na comédia seja um fiasco. Nenhum fã de comédia quer comediantes gays, quer comediantes bons e foda-se se ele é jóquei de jiboia (XD). Naturalmente, se Não Sou Obrigadx superar minhas expectativas e forem ''fabulosos'' irei exaltar o grupo e fazer propaganda de graça, pois sempre me rendo ao talento e honestidade não é opcional, é obrigaçãx.


No stand-up sempre tiveram gays e muitos disfarçaram bem demais suas opções. A seguir um camaleão que na verdade curte uma bela ''rola cheia de veias'':


Aquele abraço e vou dormir. Velho gosta de dormir.





 
 
 

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